O mundo dos sonhos e a necessidade de dormir do ser humano sempre foram algo misteriosos, e com certeza há várias curiosidades sobre os sonhos que podem te surpreender. Sonhar por si só já é bastante intrigante e, apesar de ter sido objeto de numerosas investigações científicas, de campos tão diversos como a neurobiologia, a psiquiatria e a filosofia, ainda há aspectos dos sonhos que não têm explicação concreta, incluindo qual é exatamente a sua função biológica.
1. Os sonhos têm sido inspiração para as artes
Esse aspecto misterioso dos sonhos e do mundo onírico não apenas atraiu a ciência, mas também permeou a cultura popular e as expressões artísticas, desde a pintura (com Dalí e seus relógios derretendo como uma das referências mais conhecidas) até a música, o cinema e até a literatura infantil. O prémio Nobel de Literatura, Tomas Tranströmer, dizia que “um poema não é nada além de um sonho em vigília”.
Mas por que o mundo dos sonhos atrai tanto, a ponto de personalidades como Sigmund Freud dedicarem uma boa parte de suas vidas para tentar interpretá-los e entender o seu significado? Não é apenas o aspecto enigmático, a necessidade de encontrar uma explicação racional ou refutar hipóteses. Provavelmente, também se deve à percepção de que tudo é possível no mundo dos sonhos: o que é inalcançável, geralmente, se torna objeto de desejo. Podemos estar na cama, supostamente imóveis e em repouso, e nos nossos sonhos estarmos a viver a maior das aventuras.
2. O Frankenstein foi escrito após um sonho
Há quem, inclusive, tenha utilizado as lembranças de seus sonhos como fonte de criatividade: a escritora Mary Shelley concebeu a ideia central para seu conhecido romance Frankenstein após um sonho, durante umas férias no Lago Genebra. Que melhor incentivo para sonhar e tentar dormir melhor!
3. A maior parte dos nossos sonhos são esquecidos
De forma contrária a quem os utiliza como base para a arte, há pessoas que acreditam que não sonham, uma vez que, em sua grande maioria, não costumamos lembrar dos nossos sonhos.
De fato, diz-se que 90% dos sonhos são esquecidos em questão de minutos, e frequentemente as pessoas relatam lembrar mais os seus pesadelos, provavelmente devido ao despertar abrupto. No entanto, todo mundo sonha: está cientificamente comprovado que os seres humanos sonham várias vezes ao longo de uma noite de sono, embora geralmente a fase REM seja reconhecida como a fase do ciclo do sono em que eles ocorrem mais frequentemente.
4. Só sonhamos com pessoas que já vimos
Outra coisa que costuma acontecer enquanto dormimos e sonhamos é que acreditemos que nossos sonhos são protagonizados por pessoas desconhecidas ou que nunca vimos antes. No entanto, nosso cérebro não as inventa nem as cria do nada: em algum momento de nossas vidas, nossos olhos e nosso cérebro as perceberam, apenas não somos capazes de lembrá-las conscientemente, pois nossa memória é seletiva.
5. As pessoas cegas também sonham
E falando em visão e nas informações que recebemos através dos nossos olhos, poderíamos perguntar-nos se pessoas cegas podem sonhar quando dormem. As pessoas que perderam a visão após o nascimento conservam memórias de imagens e, portanto, os seus sonhos as incorporam. Já os sonhos das pessoas com cegueira congênita não são visuais, mas baseiam-se nas informações coletadas pelos outros sentidos: audição, paladar, tato e olfato, e podem ser tão vívidos quanto os de uma pessoa que pode ver.
6. A televisão influencia os nossos sonhos
Por último, é bom saber que a televisão pode influenciar nossos sonhos mais do que parece, além do fato de que certos programas são tão entediantes quanto as melhores pílulas para dormir. Alguns estudos afirmavam que até a década de 1950, a maioria dos sonhos das pessoas era em preto e branco, influenciados pela televisão e pelo cinema, enquanto desde a popularização da televisão em cores, apenas uma pequena porcentagem de sonhos prescinde das cores. Mas novamente, no mundo dos sonhos, nada é certo, e essa teoria também não foi comprovada.
E tu, lembras de algum sonho?
