Como preferes dormir com a tua cara metade? Já falámos muito neste blog sobre a importância de manter bons hábitos para conseguir dormir bem e, ao mesmo tempo, de como é importante que o ambiente no nosso quarto seja o mais silencioso possível e com uma temperatura adequada. Um quarto pode reunir todas as condições, mas o que acontece quando o nosso parceiro ou parceira tem algum distúrbio do sono que nos está a afetar também?
A dificuldade para dormir em casal também se pode prender com o facto de terem hábitos de sono diferentes, assim como pela forma como dormem. E se todas as noites ele(a) insiste em roubar-te os lençóis?
Em alguns casos, pode ser adequado considerar dormir em camas separadas, mas, em qualquer caso, é uma decisão que diz respeito apenas a cada casal. Isto porque, para muitos, dormir juntos é um momento de cumplicidade no final do dia do qual é difícil prescindir.
Nos Estados Unidos, no entanto, parecem ter isso claro: um inquérito da National Sleep Foundation revelou que um em cada quatro casais norte-americanos optam por dormir em camas separadas, bem como em quartos diferentes – mesmo quando não há distúrbios de sono envolvidos.
Em primeiro lugar, ao analisar o problema e tomar uma decisão, é importante ver se o facto de dormirem juntos está ou não a afetar a qualidade do vosso sono. Há algo que te está a acordar? O que é? A resposta mais óbvia e comum é o problema do ressonar – que é de longe a motivação mais frequente nas relações para dormir em camas separadas.
Segundo o Dr. Diego García Borreguero, do Instituto de Investigação do Sono, durante o sono noturno emitimos um pequeno ruído de 15-20 decibéis a cada 20 segundos, que fará com que o nosso(a) parceiro(a) tenha mais microdespertares. E nem sequer vamos falar da dificuldade em adormecer… Especialmente se tivermos em conta que a intensidade de um ressonar pode chegar a duplicar os 15-20 decibéis mencionados!
Outros distúrbios que podem afetar o sono – tanto do dorminhoco, como do(a) parceiro(a) – são a síndrome das pernas inquietas, que pode causar despertares devido aos movimentos incontroláveis nas extremidades. Embora pareça lógico que ter um parceiro que ressona ou com outro distúrbio noturno, possa fazer com que a nossa qualidade de sono diminua… A verdade é que não existem estudos a esse respeito, por isso, não há recomendações mágicas para agilizar a situação.
No entanto, se suspeitarem que pode haver alguma patologia, é recomendável visitar um médico para resolver a situação. Entretanto, temporariamente, podem optar por dormir em quartos separados. Quando o problema estiver resolvido a tua cara-metade pode voltar ao vosso ninho de amor sem preocupações. Uma solução atempada não só ajudará a dormir melhor, como também evitará problemas no relacionamento. Afinal, amor e insónia não se dão muito bem!
