Como sabem, a luz tem um efeito de “despertador” no nosso corpo que é ativado quando sentimos que um novo dia está a começar. Todos gostamos de ter janelas grandes que deixam entrar luz natural nas nossas casas. Mas, na hora de adormecer, dormir com luz pode ser um problema.
Todos têm os seus próprios hábitos de sono! Enquanto há aqueles que precisam de escuridão absoluta para dormir, há aqueles que dormem tranquilamente mesmo com a luz a entrar pela janela. Por exemplo, deves ter notado que, embora as persianas e cortinas sejam muito comuns em Portugal, em muitos outros países, especialmente nos países nórdicos, são muito raras. Achas que consegues dormir bem com luz? Hoje vamos falar sobre como a luz influencia o sono e as consequências de dormir com a luz acesa. Vamos a isso!
Como dormir com luz pode influenciar o sono
Como mencionámos no início, uma visita da luz da manhã torna-nos ativos, e o mesmo pode acontecer à noite: a luz pode acordar-nos.
Logicamente, se acordarmos a meio da noite, podemos acabar por dormir menos do que precisamos e, no dia seguinte, podemos não estar a 100%. É por isso que é importante seguir as rotinas e cuidar do nosso sono: é por isso que o convidamos a seguir estas dicas para dormir rápido e bem.
Um dos fatores que pode influenciar o sono são fatores externos e ambientais, tais como a luz e a temperatura no quarto de dormir. A ausência de luz nos quartos é importante, porque o corpo compreende que é tempo de descansar e de se preparar para dormir. Na realidade, a escuridão ativa uma das substâncias que controlam o ciclo sono/vigília, a melatonina. É por isso que dormir em plena luz do dia ou com demasiada luz no quarto pode ser difícil: o nosso corpo pensa que ainda não é tempo de dormir.
Consequências de dormir com luz acesa
Atualmente, a tecnologia e o mundo 2.0 tornam algumas coisas mais fáceis, mas outras mais difíceis. Todos temos smartphones, tablets, ou computadores dos quais podemos ter toda a informação, por exemplo, sobre como dormir melhor a apenas um clique de distância.
Mas isso também significa que passamos ainda mais tempo expostos à luz artificial. Quem pode resistir a olhar para o seu telemóvel antes de ir dormir ou ver um filme na cama?
Dormir com luz pode perturbar o ritmo circadiano do corpo. Passar uma grande parte do dia (e por vezes da noite) rodeado de luz artificial pode ter como consequência a interrupção do sono.
O descanso fica alterado devido à luz. Por exemplo, luz de router, luz de candeeiro de cabeceira, luz do tablet, etc. Todos eles podem influenciar o nosso sono e dificultar o sono. Numa nota curiosa, de acordo com um estudo da Fundação Nacional do Sono, utilizar o smartphone ou tablet duas horas antes de dormir reduz os níveis de melatonina até 22%. A melatonina é a hormona que o nosso corpo segrega para dormir.
Em resumo, dormir com luz afeta estes pontos:
■ Prolonga o tempo que se demora a conciliar o sono
■ Atrasa o ritmo circadiano
■ Interrompe a produção de melatonina
■ Reduz a energia no dia seguinte
Agora que sabes como é prejudicial dormir com a luz acesa, a questão seguinte é: “E as pessoas que têm medo de dormir com a luz apagada”?
Medo de dormir com luz apagada
As pessoas que têm medo do escuro podem sofrer de nictofobia. Embora pareça ser um problema mais comum na infância, este medo é por vezes experimentado também pelos adultos. Como resultado, pode ser difícil para estas pessoas dormir com a luz apagada. O medo de dormir com a luz apagada nas crianças, especialmente no início, é uma experiência humana natural que assusta o desconhecido. Portanto, não há necessidade de alarme, mas se o problema persistir e a criança estiver a dormir menos do que o número de horas necessário, é aconselhável consultar o pediatra. No caso dos adultos, é aconselhável consultar um profissional que possa remediar a situação. Então, saberás qual é a raiz do problema.
Em resumo, como tudo na vida, adotar bons hábitos é a chave para ter uma boa noite de sono. Tens dúvidas sobre essas horas importantes da nossa vida, tais como as horas de descanso? Afinal de contas, passamos (ou deveríamos passar), em média, 8 horas por dia a dormir.
